Sou Vanessa Pereira, mulher preta, psicóloga formada e comprometida com uma clínica ética, acolhedora e racializada.

Atuo com base na Gestalt-terapia, uma abordagem centrada na presença, escuta e autenticidade.

Minha trajetória é atravessada por experiências pessoais e coletivas que me levaram a construir um espaço terapêutico onde corpos e histórias negras possam ser vistos, ouvidos e respeitados.

Entendo que o sofrimento psíquico não acontece isoladamente — ele está também conectado ao contexto social, histórico e racial que vivemos. Por isso, meu trabalho inclui uma escuta ativa para os impactos do racismo estrutural, da desigualdade e das violências simbólicas e afetivas.

Mais do que “curar”, estou aqui para caminhar ao seu lado, ajudando você a se escutar, se compreender e se fortalecer.

Psicóloga Vanessa Pereira

Sou pós-graduada em Direitos Humanos e, atualmente, desenvolvo uma pesquisa independente voltada aos impactos do racismo na saúde mental da população negra.

Fui idealizadora do 1º Encontro de Psicólogas e Psicólogos da Baixada Fluminense, um evento dedicado ao debate sobre saúde mental da população negra, com foco específico na realidade local.

Atuo como supervisora do Projeto Acolher Gestante, promovido pelo PIER, que oferece suporte a gestantes, puérperas e mulheres em situação de pós-abortamento em condição de vulnerabilidade.

Sou também pesquisadora de campo no projeto EDUBEM, idealizado pela SEEDUC e desenvolvido pela FUNRIO. Integrei a equipe da Secretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial do Município de Belford Roxo, onde contribui para a construção de políticas públicas voltadas à equidade racial e de gênero.

Em 05 de dezembro de 2023, recebi da Câmara Municipal do Rio de Janeiro uma Moção de Louvor e Aplauso pelo meu trabalho como psicóloga e pelo meu compromisso com a promoção étnico-cultural, cidadania e desenvolvimento comunitário. Essa homenagem reconhece a dedicação à minha trajetória, marcada por conquistas, ética, dignidade e solidariedade. Para mim, é uma honra ter esse reconhecimento oficial e ver meu nome registrado nos anais da cidade como exemplo de contribuição social e inspiração para outras pessoas.

Moção de Louvor e Aplauso
Moção de Louvor e Aplauso

Gestalt-terapia e Clínica Racializada

A Gestalt-terapia é uma abordagem terapêutica que convida à presença, à consciência e à responsabilidade. Ela parte do princípio de que nossas experiências passadas continuam vivas no agora — nos nossos sentimentos, relações e escolhas.

Em vez de buscar corrigir algo em você, a Gestalt-terapia propõe a criação de um espaço seguro para perceber, acolher e integrar quem você é. Trabalhamos com o que está vivo no momento presente: seus afetos, padrões, dores e potências.

Na minha prática, uno essa abordagem à clínica racializada — uma forma de fazer psicologia que reconhece os efeitos do racismo e valoriza a subjetividade de pessoas negras e racializadas.

Isso significa que o processo terapêutico também é um espaço político e afetivo: onde podemos falar das marcas do racismo, da negação de afeto, da exclusão e do cansaço de existir em um mundo que muitas vezes nos silencia.

Mas também é um espaço de reencontro com a potência, com a ancestralidade, com as formas de amar e existir que resistem.

Minha prática clínica é expandida, pois reconheço que a psicologia tradicional, muitas vezes, negligencia as vivências de pessoas ao aplicar modelos eurocentrados que desconsideram as complexidades sociais, raciais e de classe. Por isso, acredito na importância de adaptar as abordagens terapêuticas para que honrem e respeitem essas experiências, valorizando a subjetividade e a realidade vivida por cada indivíduo.

Atuo com crianças, adolescentes, adultos e idosos, sempre com o compromisso de oferecer uma clínica que acolha, respeite e valorize cada vida.

A frase que traduz meu fazer profissional é: "Ofereço um espaço seguro, onde cada vida é respeitada e jamais negligenciada."

Nosso grupo terapêutico infantil é um espaço seguro, afetuoso e potente, pensado especialmente para crianças pretas. Aqui, cada encontro é uma oportunidade de brincar, sentir, elaborar e construir, em comunidade, o orgulho de ser quem se é.

Através de atividades lúdicas, narrativas afrocentradas e vivências coletivas, cultivamos a autoestima, a expressão emocional e o fortalecimento da identidade racial desde a infância. Sabemos que crescer em um mundo marcado por desigualdades exige cuidado, escuta e presença — por isso, criamos um ambiente onde cada criança possa se sentir vista, acolhida e celebrada.

Estendemos esse cuidado às parentalidades pretas, reconhecendo os desafios e as potências que envolvem criar crianças negras em uma sociedade estruturada pelo racismo. Por meio de encontros, escutas e trocas, fortalecemos a rede de apoio entre cuidadores, acolhendo angústias e celebrando conquistas. Afinal, cuidar de uma criança preta é também um caminho de cura ancestral.

Nosso trabalho é guiado pela Psicologia Preta, pela ética do cuidado e por saberes que nos lembram: somos muitas e muitos, e seguimos juntos. Brincar, no nosso grupo, é também um gesto político de afeto e resistência.

Se você busca um espaço de cuidado para a infância preta e para as jornadas de quem cuida, é aqui que a gente se encontra.

Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil
Grupo Terapêutico Infantil

🌾 Atendimentos

Cuidar de si é também se reaproximar de quem se é.
Aqui, o espaço terapêutico não é neutro nem descolado da realidade: ele é corpo, é escuta, é história — e é política também.

Minha escuta é voltada especialmente para pessoas pretas, considerando as múltiplas formas de atravessamento que impactam nossa saúde mental: o racismo estrutural, o silenciamento das emoções, a busca constante por validação e a negação da ancestralidade.

Ofereço um cuidado que respeita o tempo, o corpo, a memória e as complexidades de cada trajetória.

O processo terapêutico é indicado para pessoas que estão lidando com:

Ansiedade, tristeza, angústia ou estresse constante
Relações familiares ou afetivas difíceis
Autoimagem, autoestima ou insegurança
Racismo, discriminação ou exclusão social
Busca por autoconhecimento, reconexão e fortalecimento emocional

Você não precisa estar em crise para procurar terapia. Cuidar da saúde mental é também se permitir viver com mais presença, escolha e liberdade.

Modalidades de atendimento:

🔹 Atendimento individual
Para pessoas pretas (jovens e adultas) que buscam um espaço seguro, ético e sensível para olhar para si.
🔹 Infância
Atendimentos para crianças pretas com um olhar que respeita suas subjetividades, suas histórias e a importância de construirmos narrativas saudáveis desde cedo.
🔹 Parentalidade
Apoio terapêutico para mães, pais e cuidadores que desejam refletir sobre os desafios de educar e proteger a infância preta em uma sociedade que adultiza, silencia e apaga suas potências desde cedo.

Formato

📍 Online (em plataforma segura)
📍 Presencial em Botafogo | Nova Iguaçu | Madureira

Se quiser conversar sobre os atendimentos, valores ou disponibilidade, me escreva.
Aqui, tudo começa com uma escuta.

🗨️ Quero conversar - Whatsapp - E-mail

"Em um mundo que constantemente tenta apagar nossa história e nossa identidade, a resistência se faz através do autoconhecimento e da valorização de nossas raízes. O racismo estrutural afeta nossa saúde mental de formas complexas e profundas, mas também somos imensos em nossa capacidade de curar e reconstruir."

🤝 Parcerias e Co-criações

Nenhum cuidado é feito sozinha.
Algumas experiências que compartilho aqui são frutos de encontros com outras profissionais pretas, com quem divido não apenas o ofício da escuta, mas também a ética, o afeto e a ancestralidade como fundamentos do cuidado.

Nesta seção, apresento projetos construídos em parceria com a psicóloga Edlaine, irmã de caminhada, com quem tenho o prazer de criar espaços vivos, políticos e profundamente humanos.

🌿 Aquilombanega

Um projeto voltado ao acolhimento e fortalecimento de laços entre mulheres pretas. O Aquilombanega nasce da urgência de criar espaços onde possamos existir sem precisar explicar nossas dores. Um espaço onde a escuta é ancestral, o silêncio também é palavra, e o afeto é estratégia de liberdade.

Construído em parceria com a psicóloga Edilaine Moreira, o grupo se ancora no cuidado coletivo como ferramenta de reexistência.

Psicólogas Vanessa Pereira (CRP 05/66774) e Edilaine Moreira (CRP 05/69939)

🏢 Ministrações terapêuticas em grupo para empresas e instituições

Vivências terapêuticas em grupo voltadas a instituições, empresas e coletivos que desejam refletir sobre saúde mental de forma crítica, afetiva e situada.

Em parceria com a psicóloga Edilaine, esses encontros abordam temas como:

Racismo institucional
Exaustão psíquica
Produtividade e adoecimento
Estratégias de ajustamento desenvolvidas por corpos dissidentes

Cada vivência é desenhada a partir das demandas do grupo, com espaço para escuta, palavra, corpo e crítica.

Além disso, alinhadas à atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 2024, nossas vivências também abordam a avaliação e gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

Essa medida reforça a importância de lidar com os impactos psicossociais no ambiente corporativo — especialmente aqueles relacionados à exaustão, sobrecarga e discriminação. Integramos essas discussões em nossas vivências com o objetivo de promover ambientes de trabalho mais saudáveis, conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo.

Atendimento Clínico individual
Aquilomba Nega
Ministrações Terapêuticas em Grupo para empresas e instituições
Grupo Terapêutico Infantil

Eventos Registros das minhas participações

2° Encontro de Psicólogas e Psicólogos Negros no Rio de Janeiro
2° Encontro de Psicólogas e Psicólogos Negros no Rio de Janeiro
1° Encontro de Psicólogas e Psicólogos da Baixada Fluminense
1° Encontro de Psicólogas e Psicólogos da Baixada Fluminense
IX Congresso de Gestalt-Terapia do Rio de Janeiro
Café com Afeto
Encontro de Mulheres Negras
ANPSINEP
ANPSINEP
Roda de Conversa alusiva ao Dia Internacional da Mulher Latino-Americana e Caribenha
Radar Saúde e Favela - 26ª Edição
Moção de Louvor e Aplausos
Roda de Conversa para debate e atendimento ao público LGBTQIA+
Roda de Conversa para debate e atendimento ao público LGBTQIA+